MAGISTRADO, PROFESSOR E DEPUTADO ESTADUAL
João Vicente, natural de Martins, estado do Rio Grande do
Norte, nascido no dia 14 de junho de 1893. Cursou o primário na Escola Pública
Professor Adirão Melo, em Martins, e o secundário no Colégio Diocesano Santa Luzia,
na cidade de Mossoró e depois no Colégio Santo Antônio e Atheneu Norte Rio Grandemente,
em Natal. Diplomou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, em 1916. Ainda acadêmico
iniciou-se nas lides forenses, como Promotor
Público da Comarca de Macau. Recém Formado, exerceu o cargo de Delegado
Regional da 3ª Região Policial.
Eleito deputado estadual em 1918, atuou em duas legislaturas,
como líder do governo. Em 1924, foi nomeado Juiz de Direito. Atuando inicialmente
na cidade de Pau dos Ferros (1924 – 1929, em Ceará Mirim (1929 – 1946) e Natal
(1947 – 1951). Nesse período, foi juiz eleitoral da primeira zona.
Como desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, prestou compromisso
constitucional em 08 de janeiro de 1952. Naquela corte foi corregedor e vice presidente,
aposentando pela compulsória em 1963.
Sua passagem pelos órgãos do Poder Judiciário do Estado ficou
assinalada pela sua capacidade de trabalho. Como advento do processo oral,
quando da unificação do novo sistema processual, passou o Juiz João Vicente, sistematicamente
a prolatar suas decisões logo após a instrução do feito. Ainda assim, embora
proferidas no afogadilho das audiências suas sentenças não perderam a beleza da
forma, a elegância da linguagem, nem tampouco o alto senso de Justiça, (RAIMUNDO
NONATO).
Em todos os lugares onde residiu, especialmente em Martins,
Ceará Mirim e Natal, João Câmara exerceu o magistério, sendo, por último
professor fundador da Faculdade de Direito de Natal.
Como jornalista, fundou, juntamente com João Idalino, o
jornal “O MARTINS” (1909/1910), foi redator de A REPÚBLIC e Revista Forense,de
Natal e colaborador dos seguintes órgãos: Comércio de Mossoró, O Mossoronse, O Nordeste, de Mossoró,
A Constelação, revista, e o Vaticano, jornal estudantil de Fortaleza; A
Imprensa de Natal, Jornal de Macau, O Seridoese, de Caicó.
Era Sócio efetivo e benemérito do Instituto Histórico e
Geográfico do Rio Grande do Norte.
Faleceu em Natal-RN, no dia 05 de gosto de 1952.
FONTE – LIVRO 400 NOMES DE NATAL, de REJANE CARDOSO